Edifício Beecroft da Universidade de Oxford / Hawkins\Brown

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Curadoria de Diego Hernández

Arquitetos: Hawkins\Brown; Hawkins\Brown
Área: 8950 m²
Ano: 2018
Fotografias:Jim Stephenson, Jack Hobhouse

Descrição enviada pela equipe de projeto. Em 2009 Hawkins\Brown foi solicitado pela Universidade de Oxford para desenhar o novo edifício de física experimental e teórica. A visão da Universidade contemplava um entorno de trabalho colaborativo que se localizasse junto aos laboratórios de vanguarda para proporcionar instalações sem precedentes para a pesquisa da física, líder no mundo universitário.

O terreno designado para o novo edifício apresentou uma série de restrições desafiantes para os arquitetos, pois sua prominente localização encontra-se muito próxima de vários edifícios catalogados (no cruzamento de Parks Road e Keble Road), como os edifícios neogóticos de Keble College de grau I, desenhados na década de 1870 por William Butterfiled.

Adjacente à entrada principal encontra-se uma árvore de cedro e, além disso, o terreno está rodeado pela área de conservação da cidade central de Oxford nas suas duas laterais. O edifício desfruta de amplas vistas por meio dos parques universitários do norte e seu volume foi organizado para responder ao contexto local variado que contem uma gama de escalas e configurações.

O edifício está revestido com uma combinação de painéis de vidro e cobre expandido além de uma grade feita com brises em bronze. O ritmo, a ênfase vertical e a cor respondem ao estilo gótico vertical de Keble College. As grandes janelas emolduram as vistas dentro e fora dos espaços de colaboração internos, criando conexões visuais entre as atividades dentro do edifício e seu contexto.

Os edifícios no centro de Oxford estão restringidos pela política de altura da cidade, que limita as novas edificações, dentro de 1.2 km da Torre Carfax no centro de Oxford, a 18 metros de altura.

A fim de adaptar o complemento de espaço requerido pela universidade no terreno, incluindo uma grande quantidade de serviços e níveis para criar entornos de laboratório extremamente estáveis e estritamente controlados, foi necessário o desenvolvimento de um subsolo de 16 metros de profundidade, abrigando dois pavimentos de instalações que cumprem com os mais altos padrões mundiais.

Dentro dos sólidos pavimentos da base, foram criados laboratórios isolados estruturalmente de "caixa negra" que requerem padrões onerosos de isolamento de vibrações. Estes são alojados na parte superior das lajes monolíticas de concreto, das quais a mais pesada é de 54 toneladas, e são montados em sofisticados sistemas de amortecimento para proporcionar uma plataforma estável para experimentos de nanoescala que são suficientemente sensíveis para serem afetados por fontes de vibração que incluem a rodovia M40, 14 km ao leste.

Os equipamentos principais da planta estão localizados em um subsolo com uma ruptura física entre as estruturas para isolar qualquer vibração que possa afetar os experimentos.

Apesar de todos os laboratórios de Física Experimental, o edifício de Hawkins\Brown alcançou a certificação BREEAM excelente.

O átrio central, por meio do qual se eleva uma série de escadas e planos, proporciona um ponto focal para o edifício e estabelece a continuidade entre as duas metades. Os patamares estão equipados com quadros e assentos informais e atuam como etapas, facilitando as apresentações dos pesquisadores e animando-os a provar, discutir e desenvolver suas ideias em conjunto. Isto está respaldado por fortes conexões visuais por meio do átrio e nos escritórios de pesquisa individuais. Este aspecto está alinhado com a visão da universidade para que o departamento rompa com o modelo de trabalho acadêmico tradicional e aprenda com a indústria a transformar seus métodos de trabalho.